Foto AG: Parque Estadual de Canudos, BA.
Alto da Favela, 17 de julho.
...”Á hora do curativo o médico aparece. Desamarra a ferida que se apresenta nua à sua vista. Nova ventania invade a tenda e enche de terra a chaga avermelhada.
Lavar com quê? Só com água e aguardente. Depois um pouco de iodofórmio em cima,
nova atadura e tudo feito, porque não há mais remédio. Remédio há muito porém para pneumonia, espinhela caída, quebranto, feitiço e outras tantas enfermidades que, por ora, não há nem tem aparecido no acampamento.
Destes remédios as ambulâncias vieram cheias.
Para febres, ferimentos, não há mais medicamentos”...
Trecho da carta publicada pelo correspondente Sr. Capitão Manuel Benício que cobria a 4ª expedição militar contra Canudos no Jornal do Commércio do Rio de Janeiro em 8 de agosto de 1897.
Citado no livro “No calor da Hora” de Walnice Nogueira Galvão, Editora Ática, 1974.
Foto AG: Parque Estadual de Canudos, Bahia.
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